Quando o Mal é Absoluto (2)

Escrevi uma crônica com esse mesmo título, há alguns anos. Desde então, percebi que já poderia ter escrito centenas delas, com esse mesmo título. Assisti às engrenagens do mal, na sua faina de se superar; vi, no meu país, a força das veias da maldade, ganhando espaço e vigor.

A mídia comercial decidiu que os nomes do mal não serão mais publicizados. O mal não terá senão, as letras da sua sílaba fatídica. O mal não terá seus rostos espostos, nem será conhecida sua identidade.

O mal celebrará sozinho o repasto macabro que engendra, nas creches, nas escolas, nos cinemas, nas igrejas, nos templos.

E nós? entrincheirados dentro da nossa tristeza profunda, faremos silêncio por entre as lágrimas; faremos precesduras de desespero; velaremos os pequenos corpos vitimados.

Somos reféns do que o mal prepara, na sua cozinha maldita. “Que Deus nos proteja”, diria minha mãe. Peso suas palavras, procuro seu vigor, mas estou tão triste”… Que Deus nos proteja, digo eu, tentando aplacar todas as fibras dessa dor coletiva que vibra, em todos os poros da sociedade.

Advertisement

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.