Eu o encontrei enquanto deambulava pelos posts do twitter. Uma jovem cientista israelita de 27 anos, Kira Radinsky, criou um algoritmo capaz de prever o futuro, apenas compilando notícias de jornal.
A notícia, veiculada pelo portal FBDE NEXION, remeteu-me a uma conversa que tive com minha neta Gabriela, a alguns dias. Ela especulava acerca de como seria o iphone dez e nos pusemos a fazer exercícios de futurologia.
O iphone dez pode vir com uma ferramenta conhecida como “pense”. Você pensa em ligar para alguém, e, na sua tela do iphone, aparece uma mensagem do tipo: “Quer mesmo fazer esta chamada”? Será bastante tocar no botaõ “sim” e a tarefa será executada eletronicamente.
Nossa conversa foi interrompida logo que chegamos ao restaurante onde íamos almoçar, mas eu continuei dando tratos à bola, instigada pela tagarelice infantil da menina.
O iphone dez terá plenamente desenvolvida a sua ferramenta de sensibilidade a movimentos. Uma multiplicidade de novos gestos agregará o smartphone ao corpo do seu usuário. Piscar de olhos, agitar de mãos, balançar de cabeça, esses gestos rotineiros acionarão importantes funcionalidades.
O iphone dez terá uma big autonomia de bateria, receberá sinais de tv digital com alta qualidade e propiciará a mesma interação do usuário permitida através do aparelho de tv.
O iphone dez deverá ser comercializado em 2019, e até lá, o algoritmo de Kira Radinsky terá desenvolvido suas plenas potencialidades, tendo sido comprado por milhares de empresas no mundo todo, para a previsão de tendências de mercado, negócios bem sucedidos, aplicações de capitais, entre tontas outras especulações próprias à sociedade de consumo.
Penso que ele poderá mesmo ser comprado, em versão simplificada, pelos usuários do iphone dez, quando terá se deslocado drasticamente do seu uso original, ou seja, a previsão de catástrofes como epidemias, terremotos, estiagens prolongadas, e tantos outros males que já assolam o planeta com uma regularidade assustadora.
Desviado para cumprir a função de profeta eletrônico dos magnatas do capital, o algoritmo de Kira Radinsky, em algum computador remoto, poderá rodar seu programa original, para prever a catástrofe maior, aquela que ecllodirá do fato insofismável de que um por cento da população mundial detém as riquezas produzidas, concentrando a maior parte do capital e promovendo a mais absurda e injusta teia de desigualdade em proporções globais.
Mas pode ser que eu esteja enganada, que em cinco anos o iphone não mude tanto assim. Pode ser que isso não passe de elocubração infantil, sem qualquer valor de mercado.
Adoro esses dialogos que tens com a Gabi!
Gabi é uma caixinha de surpresas criativas. E viva a infância!